A história ocorre em Seyðisfjörður, uma cidade com cerca de 2000 habitantes na costa leste da Islândia. A intenção dos políticos da cidade é transformá-la em um grande porto pelo qual passam os navios comerciais que fazem a rota entre a China e os Estados Unidos. A ideia não é ruim. Mas nem todos os moradores estão convencidos. No meio de tudo isso, quando uma balsa chega para pegar passageiros, um cadáver aparece flutuando no mar.
Pessoas em terras inóspitas, cobertas de neve, onde nada acontece. A comparação com 'Fotitude' é inevitável. Ela também joga o mesmo que 'Broadchurch' ou 'Top of the Lake', com a idiossincrasia de cada cultura, que certamente marca a forma e o ritmo da série.
Comparada com a "Fortitude" britânica, 'Trapped' é mais mundano, ágil e digerível, menos, "poético". Não estou dizendo que é melhor, mas agradecemos que a história avance com mais algumas marchas.
A força policial da cidade é composta por três membros: o chefe de polícia, Andri Ólafsson, e seus assistentes, Hinrika e Ásgeir. São eles que têm que resolver o caso, o que é complicado e mais enredado à medida que a história avança. Como é frequente no caso deste tipo de série, a lista de suspeitos cresce, algo que os culpados e os espectadores apreciam.
Além do caso em si (e as vistas das montanhas nevadas sob as quais a aldeia fica), é interessante que a série não seja simplesmente uma investigação policial. Em "Trapped", entramos na vida dos personagens, em suas misérias e tocamos vários assuntos delicados (maus tratos ou imigração, por exemplo).
Para dar alguns detalhes: Andri é divorciado e não consegue remover a aliança de casamento, mesmo na frente de sua ex-esposa, que veio para a cidade com seu novo namorado. A gestão emocional da morte de uma filha ou namorada é outra subtração difícil que surge na série. Parece que o cadáver veio à aldeia para abrir feridas antigas.
Ficha Técnica
Título Original: Ófærð
Direção: Baldvin Zophoníasson,Baltasar Kormákur, Börkur Sigþórsson, Óskar Thór Axelsson
Elenco: Ólafur Darri Ólafsson,Bjarne Henriksen, Ingvar E Sigurðsson, Ilmur Kristjánsdóttir, Nína Dögg Filippusdóttir, Þorsteinn Bachmann, Þorsteinn Gunnarsson e Björn Hlynur Haraldsson.
Ano: 2015
País: Islândia