Se você já teve o privilegio de assistir ao vivo um espetáculo do Cirque du Soleil, sabe o quão fascinante é a experiência. Traduzir isso para o cinema é uma tarefa muito complexa, já que ao transformar o espetáculo em ficção perde-se exatamente a magia que ele proporciona, pois não há mais o perigo e medo que aquelas fascinantes ações no “picadeiro” nos faz sentir.
Andrew Adamson desenvolveu uma trama simples para tentar mostrar tudo isso pincelando trechos de alguns espetáculos dentro da história, o resultado é um deslumbre visual, mas que não se compara com a experiência ao vivo.
A trama é sobre o amor a primeira vista. Mia uma jovem introvertida vai ao circo sozinha e lá acaba se encantando pelo universo circense, antes que entre para assistir o espetáculo, se apaixona por um belo jovem, que mais tarde descobre ser o acrobata do circo. Tudo isso se passa dentro de um circo tradicional, mas ao acontecer um acidente Mia e o acrobata acabam entrando no mundo fascinante do Cirque du Soleil, onde tudo é possível.
A narrativa então entra no tom poético e Mia procura em meio a palhaços, contorcionistas, acrobatas e vários outros artistas seu amor, que acabou se perdendo naquele mundo particular. Nessa jornada ela então passa por vários cenários espetaculares que fazem parte de alguns espetáculo da companhia. Viva Las Vegas, por exemplo, é um deles.
Beatles, Elvis e outras canções são responsáveis por embalar a aventura lírica de Mia em busca de seu amado.
A direção de Adamson busca a todo o momento engrandecer a forma única e espetacular de como o Cirque du Soleil transformou o simples circo em algo fantástico e como isso hipnotiza plateias, já que realizam verdadeiras “mágicas” com os corpos, desafiando qualquer lógica em busca da perfeição.
O diretor consegue mesclar bem momentos cadenciados com outros agitados, conferindo perfeito equilíbrio entre narrativa e trama, algo fundamental para que a plateia se envolva e não se canse.
O roteiro simples, também é outro fator importante para que o filme flua bem, já que o foco principal é ressaltar os espetáculos do circo. A escolha é perfeita, dentro do objetivo do projeto.
A tecnologia 3D usada no filme é da equipe de James Cameron, portanto já se sabe que há um acerto. As cenas aquáticas então são de hipnotizar. Temos a sensação de que estamos mergulhados naquele enorme tanque junto aos artistas.
Todo esse cuidado e detalhismo nessa produção, ajuda a sentir um pouquinho o que é o espetáculo. Para quem nunca assistiu pessoalmente, o filme com certeza vai ser ainda mais impactante, e com certeza agradará a todos. As imagens são de encher os olhos.
DESTAQUE
Para a fotografia que é o grande trunfo do filme. Um verdadeiro espetáculo!
SINOPSE
O mais famoso circo acrobático do mundo traz World Away, um espetáculo inédito concebido especialmente para um filme em 3D, dirigido por Andrew Adamson (Shrek) e com produção executiva de John Cameron (Avatar).
FICHA TÉCNICA
Título Original: Cirque Du Soleil: Worlds Away
Direção e Roteiro:Andrew Adamson
Gênero: Fantasia
Duração: 1h 31min
Ano de lançamento: 2013
Classificação etária: Livre
