Está lá no nome: "Masters of Sex" (mestres do sexo, na tradução literal), que estreou 7 de outubro na HBO, às 21h, fala de sexo com um toque de "Mad Men". A série produzida pelo canal Showtime nos Estados Unidos e criada por Michelle Ashford tem como protagonistas o Dr. William Masters (Michael Sheen) e sua assistente Virginia Johnson (Lizzy Caplan).
A história se passa nos anos 1950, quando Masters e Johnson começaram uma pesquisa sobre a sexualidade humana em St. Louis, Missouri, seguindo os passos de Alfred Kinsey, mas com uma abordagem mais fisiológica e psicológica. Masters era um ginecologista respeitado, e Virginia, uma secretária divorciada e ex-cantora de cabaré.
Logo no piloto da série, há cenas explícitas. "Não é nada comparado ao que está vindo por aí", avisa Caplan em entrevista em Los Angeles. A atriz diz não ter ficado intimidada com as sequências. "Todas as pessoas que fizeram pequenos papéis no seriado, que trabalharam apenas um dia, tiveram de fazer cenas bem explícitas. E se elas puderam, posso fazer com mais facilidade porque conheço e amo todo a equipe e o elenco".
Para Sheen, mais do que falar de sexo e sexualidade, "Masters of Sex" trata de intimidade. "De certa forma é mais fácil falar de sexo do que realmente estar vulnerável frente a outra pessoa. Você tem essas duas pessoas tornando-se especialistas em sexo, mas continuam achando difícil lidar com os sentimentos entre os dois".
Os personagens
Masters e Johnson casaram-se em 1971 e separaram-se em 1992. Ele pesquisava sexo, mas era um homem reprimido. "Ele morre de medo do que está fora de controle dentro dele. De repente, ele percebe que há algo incontrolável que está vindo à tona por causa dessa mulher", descreveu Sheen.
Virginia era uma mulher bastante liberal para seu tempo, que achava que sexo e amor eram coisas bem separadas. "Ela certamente não queria ser vista como o que era convencional nos anos 1950 no Meio-Oeste norte-americano: não queria ser mulher de fazendeiro, nem dona de casa, não queria cozinhar e cuidar das crianças. Sempre teve objetivos maiores", contou Lizzy Caplan. Foi fundamental para as mulheres. "Ela fez com que nos tornássemos donas de nossas sexualidades. Era muito corajosa",
Temos essa imagem ideal de como deveria ser e, se não estamos fazendo isso, não sabemos de nada. Afinal, não somos Brad Pitt e Angelina Jolie fazendo sexo, ou pelo menos como imaginamos os dois, no topo do Monte Olimpo, com anjos voando e jogando pétalas de rosas
Michael Sheen
Certamente 2013 é um tempo bem mais livre do que aqueles anos pré-revolução sexual, mas nem tudo mudou. "Chegamos longe, mas não tanto. Uma mulher que luta para equilibrar carreira e família ainda é uma questão", afirmou a atriz.
Para Michael Sheen, hoje estamos saturados de imagens sexuais, mas não significa que melhoramos ao lidar com uma outra pessoa. "Na verdade, de certa forma piorou, porque temos essa imagem ideal de como deveria ser e, se não estamos fazendo isso, não sabemos de nada. Afinal, não somos Brad Pitt e Angelina Jolie fazendo sexo, ou pelo menos como imaginamos os dois, no topo do Monte Olimpo, com anjos voando e jogando pétalas de rosas", disse ele, entre risos.
A missão do seriado, além de entreter e emocionar com esse drama com toques de comédia, é abrir uma discussão sobre sexo e sexualidade hoje. "Queremos fazer com que as pessoas se sintam normais, e não perpetuar um mito de que existe uma maneira para o sexo ser perfeito".
Masters of Sex - O projeto de série é uma adaptação de Michelle Ashford do livro “Masters of Sex: The Life and Times of William Masters and Virginia Johnson“. Na década de 1950, o casal iniciou uma pesquisa sobre o comportamento sexual do ser humano, em paralelo ao trabalho já realizado no final da década de 1940 por Alfred Kinsey (visto no filme “Kinsey, Vamos Falar de Sexo). Junto com o Relatório Kinsey, o trabalho de Masters e Johnson serviu de base para a Revolução Sexual que surgiria na década de 1960. A série retrata a relação entre William e Virginia, durante o período em que realizaram as pesquisas.
Masters of Sex - O projeto de série é uma adaptação de Michelle Ashford do livro “Masters of Sex: The Life and Times of William Masters and Virginia Johnson“. Na década de 1950, o casal iniciou uma pesquisa sobre o comportamento sexual do ser humano, em paralelo ao trabalho já realizado no final da década de 1940 por Alfred Kinsey (visto no filme “Kinsey, Vamos Falar de Sexo). Junto com o Relatório Kinsey, o trabalho de Masters e Johnson serviu de base para a Revolução Sexual que surgiria na década de 1960. A série retrata a relação entre William e Virginia, durante o período em que realizaram as pesquisas.