CIDADES DA LITERATURA

Você sabia que existem seis cidades do mundo que receberam o título de Cidade da Literatura, pela UNESCO?


 A Organização das Nações Unidas para a Educação, a  Ciência e a  Cultura possui um projeto chamado Rede de Cidades Criativas, que nomeia cidades com forte inclusão e incentivo cultural em categorias como literatura, filmes, música, desing, gastronomia, entre outras. As cidades da Literatura são escolhidas com base em critérios determinados pela UNESCO, como quantidade, qualidade e diversidade de editoras e programas educacionais com foco em literatura e ambiente urbano em que literatura, teatro e/ou poesia desempenham um papel integral. Ao ler tais critérios, a primeira sensação que nos dá é a de que essa cidade provavelmente não existe, principalmente vivendo aqui no Brasil. Mas saiba que além de existirem, algumas delas são até surpreendentes. Desde 2004, quando o projeto foi lançado, até hoje, apenas seis cidades se encaixam no padrão acima e receberam o título de Cidade da Literatura. Confira quais e porque as cidades foram escolhidas, de acordo com a UNESCO.


Dublin


Capital da Irlanda, Dublin é o pólo de nascimento de autores mais do que consagrados da literatura mundial. Nomes como James Joyce, Oscar Wilde e Bram Stoker figuram entre os nascidos na cidade que possuem outros quatro escritores que ganharam o Prêmio Nobel de Literatura: Samuel Beckett, W. B. Yeats, George Bernard Shaw e Seamus Heaney. Muitas livrairas e institutos literários podem ser encontrados pela cidade, apoiados por uma forte industria de vendas e publicações. Além disso, o aspecto multi-cultural da cena cultural de Dublin é uma grande oportunidade para promover o diálogo intercultural através da literatura.


Edimburgo

Nomeada a primeira Cidade da Literatura, Edimburgo foi uma cidade escolhida por seus eventos e atividades literárias, como o internacional e prestigiado Man Booker Prize. Entre os gênios literários que nasceram na cidade, na Escócia, encontram-se Sir Arthur Conan Doyle, autor de Sherlock Holmes, e Robert Louis Stevenson, que escreveu A Ilha do Tesouro O médico e o monstro.


Melbourne

Melboure foi nomeada cidade da literatura em 2008, principalmente por ser amplamente reconhecida como centro cultural da Austrália, que possui escritores com Prêmio Nobel, Booker Prizer e Pulitzer. Na cidade, escritores são apoiados pela grande quantidade de editoras independentes e pela ampla participação da população na vida literária.

 Norwich

A primeira cidade da Inglaterra a ser nomeada foi classificada por ser uma cidade da literatura há 900 anos: um lugar onde o poder da palavra proclamou a democracia parlamentar, promoveu a revolução e lutou pela abolição da escravatura. O primeiro livro escrito em inglês por uma mulher é um feito de Juliana Norwich, uma beneditina da cidade que foi a primeira a implementar a Lei da Biblioteca Pública de 1850. A Norfolk e Norwich Millenium Biblioteca foi a mais visitada nos últimos seis anos no Reino Unido. Um curso de escrita criativa da Univesity of East Anglia foi criado na cidade em 1970 e um dos graduados, o escritor Ian McEwan, já ganhou o Booker Prize. O Centro de Escritores de Norwich proporciona o desenvolvimento profissional de escritores por meio de palestras, oficinas e cursos.

 Norwich

Desde 1995 graduados e professores da Universidade de Iowa ganharam mais de 25 prêmios Pulitzer de Literatura. Muitas vezes é chamada de “Atenas do Centro-Oeste”, por seu conjunto de influentes instituições literárias que ensinam e apoiam escritores. A cidade de Iowa é o lar de escritores aclamados, como Flanney O’Connor e Wallace Stegner, ambos sem títulos publicados em português. Hoje em dia, a cultura da cidade continua a prosperar: há mais clientes na biblioteca pública da cidade de Iowa do que moradores da cidade em si.

 Reykjavik

Reykjavik (em português Reiquejavique ou Reiquiavique) é a capital da Islândia, e possui um inestimável patrimônio literário medieval, como as Sagas (histórias narradas em prosa) e as Eddas (textos sobre a mitologia nórdica), que ainda hoje são tradições cultivadas na literatura. A cidade, apesar de possuir uma população estimada em 200.000 habitantes, recebe apoio da Islândia para concretizar projetos de línguas, intercâmbios e traduções.
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