MARSEILLE - 1ª TEMPORADA



Marseille tem os mesmos ingredientes-base de House of Cards: corrupção e jogos de poder no mundo da política. É também uma produção original Netflix e ambos os protagonistas – Gérard Depardieu e Kevin Spacey – fizeram carreira no cinema. As primeiras impressões da crítica internacional resultaram em comparações: Marseille não era mais do que uma House of Cards à francesa. O autor e produtor executivo Dan Franck recusa a ideia. “Há política, sim”, diz, mas muito mais do que isso, garantiu recentemente em Paris. Aborda, além disso, “dinâmicas familiares e problemas sociais como a criminalidade ou a exclusão”. 




Depardieu veste a pele de Robert Taro, presidente da câmara da cidade que dá nome a esta realização de Florent Siri, com produção de Pascal Breton ( da Federation Entertainment). Taro ocupa o cargo há duas décadas e não está disposto a abdicar do seu poder. Nem mesmo quando abandona a esfera pública – aquele que poderá ser o seu sucessor, Lucas Barrès ( Benoît Magimel), servirá também como peão para que os seus interesses cheguem a bom porto. O problema, como se lê no resumo que a Netflix faz da história, é que “para conquistar a cidade eles estão dispostos a destruí- la”. Ou seja, a corrida ao cargo transforma-se numa luta de interesses, em que a construção de um casino assume um papel preponderante. Na prática, resume Pascal Breton, “é a história trágica de uma família, baseada em obras de [ William] Shakespeare, que por sua vez se inspirou em tragédias gregas”.


As gravações decorreram no verão de 2015 e os responsáveis garantem que Marseille, a verdadeira Marselha, está presente em toda a ação. Como se ela mesma fosse uma personagem, com tudo o que tem de bom e com tudo aquilo que encerra de mau. “É o pano de fundo perfeito”, admitiu Franck, recordando que, para se deixar envolver e “beber” da cidade no Sul de França.


Gérard Depardieu é o protagonista da série da autoria e com produção executiva de Dan Franck permitiu-se ficar por lá várias semanas. “Era o que eu estava procurando.”


Na trama, Géraldine Pailhas veste a pele da mulher de Gérard Depardieu. Um papel que não está reduzido ao de “esposa do político”, até porque, nesta série, “a política é um veículo para uma história humana”. “A minha personagem tem uma enorme paixão por violoncelo, uma paixão que devora e que será um ponto de ruptura e um desafio”, diz Pailhas.

Primeira série original francesa da Netflix e uma de muitas com que a plataforma de streaming entra na Europa. 
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